domingo, 22 de maio de 2011

Um gari petrificado em pérola

Um zunzunzum inadmissível refez uma armadura incalculável, repetindo tártaro em cimento rudimentar. Fazer uso de telégrafo abduzível ajuda no eczema envolvido na teoria psicanalítica reveladôra: um por tôdos e tôdos por um. Medi a ligeireza rechonchuda da banheira do parlamento.

Nhac! Removi tudo. Agora eu posso tanto crer em divas heroínas quanto recriar as condições iniciais. Antes de —e, supostamente, em— alcançar panetone emperolado, compreendi o tamanho da situação; agora, cá; lá, amanhã; dó, ré, mi. Ciúme dos amigos. Êles reclamam mas não sabem que tsares proíbem tesoureiros de qualquer coisita, inclusive de inventar bambolê idêntico ao anel de Saturno.

Hoje decidi comer barszcz ou gołąbki, ou ainda drożdżówka. Haja vista a opressão sôbre os espíritos. Eles não entendem que uma dimensão afeta as outras. Quanta desproporção! Quer dizer que implicar inconseqüentemente em tôrno de astros boquiabertos significa ressuscitar embasbacado? Eu não confio na biruta.

Preciso urgentemente de papel higiênico, para planar de asa-delta escrevendo rabiscos no céu, cobrindo a imensa estátua de gêsso. Empapelada, esfarelá-la-ei e entregar-vo-la-emos, humanidade, exigindo do dono da Terra que no-la devolva, assinando no próprio papel higiênico que decreta e jura conditio sine qua non que nunca mais vai subir na árvore pra exclamar que é o Tarzan, inescrupulosamente, nem sujar as coisas monetàriamente.

Veja: §1º Vou tentar me redimir. §2º Era tudo mentira. §3º O capitalismo é uma merda mesmo, eu nunca vi coisa pior.

Agora, sim, podemos sonhar em paz. Vou dormir no metrô sem mêdo de ronronar. Olha a profundidade do meu sonho: naveguei no vácuo e despertei de súbito num oceano invisível, mas que eu sei que está existindo.

Autor: Flávio (22/05/2011)

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